14 de junho de 2008
( pausa )
14 de junho de 2008
Busque amor... novas artes... novo engenho
Para matar-me,
E NOVAS ESQUIVANÇAS,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que MATA e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê,
que nasce não sei onde,
Vem não sei como
...e dói não sei porquê.
( Luís de Camões )
--
Pobre de quem não tem
De quem não tem ninguém
E sonha que nunca é tarde
Quando encontrar alguém.
Leva a vida inteira,
Perde a noite a chorar
E guarda sem saber onde...
... a VONTADE DE MUDAR.
( Pedro Ayres de Magalhães )
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentários:
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.
(...)
Luís de Camões
Enviar um comentário